20080720

Oca - Pq. do Ibirapuera - foto
MONÓLOGO DE FÉ

Acordo silente, calmo e reflexivo, à espreita de mais um dia; no entanto, ao esteio de uma percepção de fé, permito-me mensurar o fato.
Dias a fio já se foram na vida e jamais o afã de tamanha reação. Ainda que não saiba a exata razão sobre isto, em sua essência, a absoluta ausência racional do fato, talvez expresse real valor. Inúmeras vezes roguei a Vós contra os pecados do mundo e os demais frutos proibidos; a cura das feridas e as diversas formas de intrigas...! Às expensas da justiça no mundo, clamor nunca me faltou, bem como aversões às visões em nosso planeta de tanto desamor.
Renascendo das próprias cinzas advindas do empenho em um mistério, tal necessidade me assola, me venera, me encanta e é na vida o que mais quero. Então, acordei para Vos contemplar algo que me acontece de modo estrito, e, ao mesmo tempo, distante e diferente!
Os brados consistem em sonhos quase reais quando durmo, parecendo-me, em contrapartida, um belo sonho quando encontro-me em vigília. Vos agradeço, então, pelo que tenho apenas distante, em tão exato momento, mas que vive em mim a todo instante e concentrado em toda forma de ação.
Neste viés, esse estado me alucina ao mesmo tempo em que me ensina, então eu Vos agradeço. Obrigado por conceder-me a vida e o amor, posto que tudo é espírito, vívido, íntimo e puramente incluso em mim.
Ante Vosso saber sobre o mistério, neste lugar, calmo e tranqüilo, Vos agradeço, amiúde, pela excitação da alma e o conseqüente estado convulsivo do meu peito, de sorte que me permitem acelerar os sentidos no tempo em busca de amparo em novos caminhos.

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