FLORES E RETRATOS
O fato retratou a matéria viva de minh’alma,
Eis que, depois, revesti-me de alguns retratos,
Eis que,
naquele momento, trajei-me de flores,
Como forma
ou desejo daí estar presente.
Ao acaso,
simplesmente, vivenciei à distância só fervores,
Razão que
em si tudo era transparente.
O fato retratou a matéria viva de minh’alma,
Que existe
até mesmo em claros sonhos.
O perfume
que embora delas se esvaio com calma,
Ainda
voltou pela janela recoberto de versos e contos.
Eis que, depois, revesti-me de alguns retratos,
Como forma
ou vontade de marcar presença constante.
Disto não
espreitei a existência de nenhum hiato,
Que
dispersasse meu desejo de vê-la sempre adiante.